quarta-feira, 15 de abril de 2009

Conforto térmico e Acústico

O conforto (como a saúde) depende de um conjunto de factores cuja conjugação assegura determinado grau de satisfação e bem-estar. Esses elementos, uns são culturais e psicológicos, variando de pessoa para pessoa. Outros têm carácter objectivo podendo ser modificados. Entre estes está a utilização da habitação.

Podemos afirmar com segurança, que o conforto é conseguido através da conjugação de três elementos:

Ø Térmico/Humidade
Ø Acústico
Ø Visual

Capacidade do alojamento não atingir temperaturas extremas, dispensando a utilização de equipamentos de aquecimento ou arrefecimento. Tomam-se como valores médios de conforto térmico:

Inverno
Ø Temperatura 20 (°C)
Inverno
Ø Temperatura 25 (°C)
Ø Humidade Relativa 50 (%)

Se possível, tenha em sua casa um instrumento que lhe indique os valores de temperatura e humidade relativa dentro da sua casa.

As características construtivas da “envolvente exterior” (paredes, lajes, caixilharia) conferem-lhe um nível “médio” de conforto térmico. A localização da casa no prédio (altura, orientação) confere-lhe características específicas de exposição climatérica.

As paredes exteriores da sua casa são duplas, dispondo de uma caixa de uma caixa-de-ar interior entre os dois panos de tijolo, o que lhes confere uma boa resistência térmica. Esta é forçada pela existência de placas de poliestireno extrudido no interior da parede dupla. A caixa-de-ar das paredes exteriores é ventilada. Nas fachadas vêm-se os tubos de ventilação.

As fachadas viradas a sul têm mais luz e são mais quentes no Inverno. No verão esse aquecimento é inconveniente.

As paredes viradas a norte são as mais ventosas, durante o bom tempo. As paredes viradas a Poente e Sul são as mais expostas em condições de mau tempo.

Existe uma certa “margem de manobra” para melhorar as condições de conforto térmico. Eis alguns critérios:

Ø Utilizar sistemas de ar condicionado e desumidificadores, porque permitem melhor ajuste aos valores médios de conforto térmico.

Ø Bom conhecimento dos factores que condicionam o “conforto de verão” e o “conforto de Inverno”, adoptando medidas de gestão que os optimizem, ou seja: “tirar o melhor partido das características construtivas e de exposição da sua casa”. É a solução mais económica;

Ø Se o tempo estiver muito quente durante o dia, manter os estores, as janelas e os reposteiros fechados. Ventilar a casa ao fim da tarde e de noite.

Ø Instalar cortinas de pano grosso nas janelas.

Ø As alcatifas ou tapetes de lã absorvem a humidade ambiente.

Ø As paredes frias podem ser isoladas interiormente com pladur, por exemplo.

Ø Aquecer a casa moderadamente. Quanto mais frio e húmido for o ambiente maior a possibilidade de ocorrerem condensações e aparecerem os indesejáveis bolores.

Algumas habitações estão equipadas com sistema de recuperador de calor. A sua casa foi equipada com instalação prévia de ar condicionado e com aquecimento central. O inconveniente do ar condicionado é ser muito direccional. O aquecimento central permite um aquecimento mais uniforme da casa. Se utilizar aquecimento central para aquecer a casa e ar condicionado para arrefecer, não se esqueça de fazer funcionar o ar condicionado periodicamente durante o Inverno, mantendo os filtros bem limpos para evitar a proliferação de bactérias e o aparecimento de alergias.

As janelas da sua sala (bow-window) foram construídas com materiais específicos de isolamento térmico.

Excesso de Humidade

O excesso de humidade faz com que a casa seja insalubre. A humidade deve por isso ser controlada.

Humidade em Casa


Como diagnosticar e eliminar

Humidade devido à construção: Os materiais de construção habitualmente utilizados são fabricados à base de água (betão, reboco, estuque, etc.). As construções recentes libertam cerca de 3000 a 5000 litros de água, que têm evidentemente de se evaporar, o que poderá durar de meses a anos.

Que fazer?

Quando mudar para uma casa nova, e se for possível antes mesmo de começar a habitá-la, aqueça-a moderadamente e areje-a regularmente, ou melhor, ainda, permanentemente. Esta consideração pode levar ao pressuposto de que se tratará de um desperdício de energia. Trata-se de uma necessidade para prevenir despesas futuras mais avultadas. Antes de pintar as paredes, deixe passar pelo menos seis meses. O mês de Setembro é o ideal para pintar a casa.

Sintomas


A humidade manifesta-se por vezes repentinamente, por meio de manchas á volta ou por baixo dos pontos de água. Estas manchas locais aparecem principalmente nas paredes do lado dos ventos dominantes, e acentuam-se a seguir a chuvas intensas.


Ventilação das habitações como forma de prevenção das condensações


No ar ambiente das habitações, existe carga orgânica (microorganismos) que encontra uma atmosfera propícia para o seu desenvolvimento nas zonas de condensação (preferencialmente zonas frias), fazendo aparecer os indesejáveis bolores. Logo que sejam vistas zonas com os primeiros fungos (pontos verde escuro) ou manchas de condensação (pequenas auréolas de cor cinzenta ou castanha) devem ser de imediato limpas. Para evitar o seu aparecimento, promover a ventilação da habitação, abrindo ligeiramente as janelas ou a grelha de ventilação. Tal procedimento parece ser incompatível com as condições de Inverno, não havendo outros meios de contornar este problema que não sejam os acima indicados. No entanto, a entrada de ar novo permite o armazenamento de humidade (vapor de água) no ar ambiente da habitação.

Pelo acima exposto pode-se inferir que a prevenção das condensações (presença de água proveniente do vapor de água do ar ambiente que condensa nas zonas frias) depende fortemente da utilização da habitação.

Notas:

Evitar a utilização de aquecedores com botija de gás que promovem o aumento da massa de vapor de água no ar ambiente devido à combustão do gás, o próprio contendo vapor de água, que satura o ar ambiente das habitações.

Evite guardar roupa húmida e sapatos húmidos dentro de armários e/ou roupeiros.

A roupa lavada em lavandaria deve ser arejada antes de ser arrumada.






Conforto Acústico

Capacidade de a habitação reduzir, para níveis “confortáveis” os sons e ruídos no seu interior. Sejam os provenientes do exterior, sejam os gerados no próprio interior.

O conforto acústico está (mais do que o conforto térmico) ligado a hábitos e práticas culturais.

As características construtivas da “envolvente exterior” da sua casa determinam um nível médio de conforto acústico. O nível de ruído da zona, e os hábitos dos vizinhos são factores determinantes no conforto.

Baixa densidade de trânsito automóvel e afastamento das fachadas dos edifícios relativamente à rua.

Organização dos apartamentos, nos prédios, de modo a não colocar em contiguidade compartimentos barulhentos e calmos (cozinhas/ quartos, por exemplo).

Paredes exteriores e lajes densas entre apartamentos.

O isolamento à transmissão dos sons para o interior da habitação melhora com o “peso” da envolvente: a interposição de móveis pesados (ex. estantes) em paredes, reposteiros grossos na caixilharia, revestimento da porta de entrada, etc.

Os sons mais incomodativos para o vizinho de baixo provêm da percussão sobre o pavimento: andar, arrastar cadeiras, etc. Coloque tapetes ou alcatifa e sugira o mesmo ao seu vizinho de cima. As canalizações e autoclismos em mau estado produzem sons desagradáveis. Procure conservá-los de modo a evitar os ruídos

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