sexta-feira, 27 de março de 2009

A Natureza (CLC)

A natureza deve ser defendida e preservada por toda a humanidade, porque dela depende o nosso bem estar no planeta terra.
Em nome do progresso fazem-se enormes atentados à natureza, o corte de árvores para construir auto-estradas para melhor circulação rodoviária, para a indústria do papel e daí a importância da reciclagem nos dias de hoje. A defesa da natureza deve ser incutida nas gerações mais novas para que no futuro não se cometam alguns erros grosseiros que se têm verificado até agora. Devemos ter consciência dos nossos actos do dia-a-dia, ter em conta as queimadas nos nossos terrenos, a limpeza das matas, não deitar lixo para o chão, por exemplo nos piqueniques.
É muito agradável passar o dia no campo, mas é preciso respeitar alguns valores superiores.

Tensões Culturais (CP)


Sincronicamente, há valores muito díspares, como por exemplo nos esquimós o casamento faz-se por compra, e na Sociedade Ocidental esse procedimento não se efectua. No Islão incentiva-se à Guerra Santa, ataques terroristas em nome da religião, no Ocidente é totalmente descabido. Em tempos remotos matavam pessoas por serem cristãos e mais tarde os cristãos também matavam em nome da fé «Inquisição». O então Papa João Paulo II pediu desculpas por essas atrocidades, este exemplo já é no sentido diacrónico. Na Índia, a vaca, é um animal sagrado e não se come a sua carne e elas andam livremente pelas ruas, noutros Países por exemplo o nosso Portugal já temos outro modo de pensar e é uma carne até bem apreciada. Há valores que com o passar do tempo vão mudando e ou evoluindo, como a escravidão, a pena de morte e estes exemplos servem para nós Portugueses e outros Países. Os factores universalizantes são valores éticos que deveriam reger a espécie humana como a liberdade de pensamento, o direito à educação, o direito à vida. Os factores particularizados considera-se as tradições, as crenças locais. No entanto os valores que se consideram mais valiosos para uns não o são para outros e isto já vai de encontro à hierarquia de valores por exemplo as pessoas que defendem o aborto consideram mais valioso a liberdade de escolha, par as pessoas que se opõem ao aborto consideram mais valioso a vida. Nos casos de dilemas morais por vezes o modo de proceder implica violar uma norma moral e por isso proceder contra o bem moral. Por exemplo roubar para salvar a vida de um filho, se o fizermos violamos a norma de que não devemos roubar, ou deixar morrer o filho e violamos a norma de que devemos ser solidários com todos em especial com a família. Uma tensão cultural é um conflito de culturas, são culturas diferentes que se chocam. Os ciganos têm uma cultura muito própria são por norma nómadas não têm um trabalho fixo, por exemplo as meninas ciganas casam muito cedo, e são mães também muito cedo. Têm modos comportamentais diferentes dos nossos em diversos aspectos.

terça-feira, 24 de março de 2009

My 10 water- saving tips CLC



1. When washing dishes by hand, don’t let the water run while rinsing. Fill one sink with wash water and the other with rinse water.
2. If your shower can fill a one-gallon bucket in less than 20 seconds, then replace it with a water- efficient showerhead.
3. Time your shower to keep it under 5 minutes. You’ll save up to 1000 gallons a month.
4. Teach your children to turn the faucets off tightly after each use.
5. Turn off the water while you brush your teeth and save 4 gallons a minute. That’s 200 gallons a week for a family of four.
6. Turn the water off while you shampoo and condition your hair and you can save more than 50 gallons a week
7. When you are washing your hands, don’t let water run while you lather.
8. While staying in a hotel on even at home, consider reusing your towels.
9. Turn off the water while your shave and you can save more than 100 gallons a week.
10. When your ice left in your cup from a take-out restaurant, don’t throw it in the trash, dump it on a plant.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Water CLC


The water participates in the thermo regulation, in the balance of acid base, in the creation of the digestive secretions, in the building and repair of tissues, in the transfer of the nutrients and in the elimination of the residues. The children’s need of water, especially the ones of the babies, is proportionally higher than the ones of the adults.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Poupança de Energia

Aqui pode encontrar alguns conselhos ligados à poupança de energia.



Fonte: DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor



Energias renováveis/ Ambiente

Portugal desperdiça enorme potencial energético.

“Somos o país que pior aproveita o sol”.

Cercado por mar, com enorme exposição ao sol, Portugal tem tudo para «sobreviver» aproveitando as energias renováveis. E a aposta na «ecocasa» é primordial.

O consumo enérgico tem vindo constantemente a subir. Daí que seja preciso procurar alternativas ás tradicionais fontes de energia (combustíveis fosseis – carvão, petróleo gás), que se vão esgotar dentro de algumas décadas.
Para alem de uma preocupação com o esgotar das fontes, é precisa uma mentalidade ambiental, já que as tradicionais fontes de energia são grandes produtoras de gases poluentes para a atmosfera.
A alternativa passa por uma exploração das energias renováveis para as quais Portugal tem enormes potencialidades.” O nosso País é privilegiado devido á sua posição geográfica, bastante favorável para o aproveitamento de fontes de energia”, disse Filipa Alves, da Quercus, acrescentando:” temos o maior número de horas de sol da Europa e a nossa costa tem um potencial de aproveitamento da energia das ondas e mares bastante elevado”.
A principal aposta no território nacional tem sido da energia eólica (vento), algo que Felipa Alves considera acertado, já que “proliferam parques eólicos um pouco por todo o País”.
Porém, Portugal ainda está muito longe daquilo que a Quercus considera ideal, nomeadamente, no que respeita ao aproveitamento da energia solar.
“somos o País que pior aproveita as horas de sol quer para a produção de electricidade, quer para aquecimento de aguas e climatização ambiental”, lamenta a ambientalista.


Futuro passa pela “ecocasa”

Para tentar reduzir e optimizar o consumo de energia a nível domestico, a Quercus tem vindo a desenvolver, desde 2004, o projecto «ecocasa», procurando sensibilizar os consumidores para as energias renováveis e formas concretas de alterar os seus comportamentos, quer seja na gestão, renovação ou aquisição de uma casa, quer do seu recheio.
“A «ecocasa» pode realmente servir para o conforto das pessoas, não só tendo consciência ambiental, mas no próprio conforto a nível de climatização. Quantas vezes reparamos que a temperatura de um ar condicionado está exagerada? Isto tem um consumo de energia bastante elevado, mas também contribui, muitas vezes, para que não nos sintamos confortáveis», alertou Felipa Alves.
“Este projecto [ecocasa] faz uma abordagem aos comportamentos na utilização de equipamentos e propõe uma redução de consumos desnecessários”, esclareceu a representante da Quercus.
“ o aproveitamento solar térmico já é uma realidade em muitos países e nalguns é inconcebível a construção de uma casa sem painéis solares já colocados”, esclareceu Felipa Alves, lamentando o facto de em Portugal a utilização particular de energias renováveis, apesar de ter vindo a aumentar, ainda ser muito insuficiente.

Para acabar com emissões poluentes

A grande vantagem das energias renováveis, face ás fontes tradicionais, é claramente a não emissão de dióxido de carbono e outro tipo de gases poluentes, assim como o facto de serem inesgotáveis, em contraposição aos combustíveis fósseis. As renováveis oferecem também menos riscos que a energia nuclear, para alem de conferirem autonomia energética a um País, conseguindo fazer com que este deixe de depender da importação, por exemplo do petróleo, restrito a certas áreas do planeta.
Portugal, como já foi referido, tem todas as condições para se auto-sustentar. E se a energia eólica já está bastante desenvolvida e integrada no País, assim como energia solar, que pouco e pouco vai ganhando terreno, para a Quercus “ ainda é preciso amadurecer algumas tecnologias para se tirar o maior aproveitamento do potencial do País, principalmente a nível da energia das ondas e marés”.
Deste modo, conseguindo fazer com que energias solar, eólica, de ondas e marés se complementasse, era totalmente viável um país conseguir «sobreviver» sem combustíveis fósseis.”as energias renováveis são realmente inesgotáveis, mas para ter um País capaz de dispensar os outros tipos de energias era necessária a existencial de sistemas de armazenamento de energias. Isto porque as renováveis não são controláveis e era necessário armazenar energia para as horas em que não há produção”, sublinhou a representante da Quercus.
Este tipo de energias renováveis liberta um País das variações, por exemplo, do preço do petróleo nos mercados internacionais. Para além disso, chegarão ao consumidor final a um preço muito mais reduzido uma vez que, sendo aplicadas próximas do consumo, poupa-se em gastos de transportes e reduzem-se qualquer tipo de perdas. Também é factor importante os benefícios ambientais que consigo acarretam.
É por isto que a Quercus considera “fundamental a aposta neste tipo de energias”: “está-se a notar uma grande tendência para a alteração do nosso clima, muito por causa dos gases poluentes, e a produção de energias por fontes não renováveis contribui muito para isso”.

Energia solar térmica

A disponibilidade desta forma de energias em Portugal não é uniforme ao longo do ano, devido á latitude em que nos encontramos. A maior disponibilidade da radiação solar no verão, relativamente ao inverno, faz com que os sistemas sejam dimensionados para satisfazer as necessidades de aguas quente no verão a 100%, não conseguindo satisfaze-las totalmente no inverno. Assim, a optimização de um sistema para o verão, conduz a que no resto do ano, de uma forma mais ou menos acentuada, seja necessário recorrer a um sistema convencional complementar, que funcione em apoio solar.

Energia solar fotovoltaica

Actualmente, estes sistemas representam um investimento considerável, pois é um mercado que tem uma procura muito reduzida e o custo de produção dos painéis ainda é bastante elevado.
Assim, a opção por estes sistemas tem maior viabilidade em situações em que não há ligação à rede, dado tratar-se de uma operação muito dispendiosa. Daí, o recurso a gatarias de armazenamento. Habitações isoladas e iluminação de estradas, são o tipo de situações em que é mais comum aplicar sistemas fotovoltaicos.

Energias eólicas

A velocidade do vento é muito importante para determinar a energia que pode produzir o aerogerador. No entanto, tem havido um desenvolvimento nestes equipamentos para que consigam aproveitar velocidades baixas do vento para produzir electricidade, aumentam assim a sua capacidade de produção. Para instalar um sistema desta natureza é necessário avaliar a disponibilidade de ventos no local, com a colocação de um anemómetro à altura a que se prevê que o aerogerador seja instalado. Estes sistemas são desenhados para normalmente terem um período de vida de cerca de 20 anos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Algumas Profissoes sobre o tratamento de lixo

Operadora de Triagem

Operador de Veículos Especiais

Encarregado de Lavagem e Manutenção de Ecopontos

Motorista da viatura de Recolha de Cartão Porta-a-Porta a Estabelecimentos Comerciais

PARA ONDE VAI O LIXO?

Lixões: Grandes aterros e áreas alagadas a céu aberto, onde os resíduos são despejados.

Vantagem: Nenhuma

Desvantagem: Coloca em risco a saúde da população, poluindo o solo, a água e o ar.

Aterros sanitários: Aqui os resíduos são compactados e cobertos com terra. Existe tratamento do gases e líquidos produzidos pelo lixo e controle de animais transmissores de doenças.

Vantagem: É uma confiável, com baixo custo operacional.

Desvantagem: Mal administrados, os aterros se transformam em depósitos de ratos e insetos. Não há reciclagem de vários materiais.

Incineração: Os resíduos são queimados em altas temperaturas e transformados em cinzas.

Vantagem: Reduz o volume de resíduos. É higiênico e apropriado, principalmente para o lixo hospitalar.

A Compostagem

O que é a Compostagem ?

A compostagem é a decomposição da matéria orgânica, em condições de aerobiose (presença de oxigénio) ou anaerobiose, por acção de diversos microrganismos. Na fermentação intervêm bactérias, fungos e actinomicetas. É um processo exotérmico (podem atingir-se temperaturas de 65ºC) e que decorre em ambiente húmido.

No final obtém-se composto, um correctivo orgânico sem aditivos químicos e que, aplicado no solo, fornece matéria orgânica (que confere a este melhores características) e nutrientes sob uma forma facilmente assimilável pelas plantas. O composto e útil quer para a agricultura, quer para a jardinagem, parques públicos, etc.

Tipos de compostagem

A compostagem pode ser feita em estações de tratamento, para onde são encaminhados os resíduos sólidos urbanos. Neste tipo de instalações, o controlo do processo apresenta por vezes dificuldades, tanto maiores quantos maiores forem as instalações, visto ser necessário coordenar factores como temperatura, humidade, pH e arejamento. As dificuldades tornam-se ainda maiores quando a matéria orgânica é recolhida juntamente com os restantes resíduos, uma vez que, nesse caso, se torna praticamente impossível remover totalmente determinados componentes que podem ser tóxicos para a fauna microbiana (resíduos domésticos perigosos, como restos de tintas, medicamentos, etc.) e materiais não biodegradáveis (vidro, plásticos, metais, etc.). por este motivo, há todo o interesse em que os sistemas de recolha separem, à partida, uma parte significativa dos materiais que não são fermentáveis. Existem actualmente em Portugal, quatro estações de compostagem.

A compostagem pode ainda ser levada a cabo em pequena escala, no jardim das habitações, desde que se tenham condições (espaço), ou no recreio da escola. A realização da compostagem num pequeno cantinho do jardim permite um controlo mais fácil do processo, permite a exclusão de todo o tipo de resíduos não biodegradáveis e de resíduos perigosos e, por outro lado, permite uma utilização directa no jardim.

Pneus Usados

Pneu ou pneumático, é uma estrutura contínua composta por vários materiais entre os quais se destaca a borracha, que envolve uma roda geralmente de metal, formando com esta um conjunto que rola numa estrada pavimentada, numa via de terra batida ou até mesmo num carril (caso de certas composições de metro), conjunto esse que através de um eixo mais um menos complexo, transporta um objecto que se movimenta.

Após o seu período de vida útil, ou após deterioração o pneu transforma-se num resíduo a que poderemos chamar de resíduo pneu.

Os pneus de borracha são de dois tipos principais:
pneus maciços
Nestes pneus a borracha é maciça e tem como função suportar a carga, absorver choques e resistir ao corte e à abrasão. São usados actualmente apenas nalguns tipos de veículos industriais, agrícolas e militares.
Pneus com ar ou pneumáticos

Neste tipo de pneus a carga suportada e a resistência ao choque são absorvidos sobretudo pelo ar comprimido que enche o pneu. Este ar comprimido pode ou não estar encerrado num tubo de borracha independente do pneu e colocado no seu interior, chamado de câmara de ar. O uso deste acessório complementar do pneu, tem vindo a ser abandonado, mas até há alguns anos os pneus sem câmara de ar não existiam. Os pneus com ar são fabricados em número muito superior aos pneus maciços sendo usados em quase todos os veículos, devido ao poder amortecedor que possuem e a outras características vantajosas relativamente ao pneus maciços.

Impacto ambiental dos pneus usados

A situação dos pneus usados em Portugal é grave e não se vislumbra uma estratégia coerente para a resolver, sendo despejados em locais impróprios e sem qualquer tratamento, grande parte das 50 mil toneladas que se estimam que sejam produzidas anualmente. O resultado são depósitos de pneus, agressores da paisagem que é património de todos, espalhados pelo país em locais mais ou menos abandonados e degradados, é o seu enterramento em aterros sanitários com consequências ambientais graves, é a sua queima sem qualquer controlo ambiental a céu aberto ou em determinadas indústrias, como certas cerâmicas. É igualmente o seu não aproveitamento como matéria prima para variadas aplicações, como seja e como exemplo, como adjuvante no asfalto para a pavimentação de estradas, com vantagens técnicas e económicas em relação ao asfalto clássico. A queima descontrolada de pneus é responsável pela emissão de muitas partículas (fumo negro), metais pesados, compostos orgânicos complexos e dioxinas entre outros poluentes atmosféricos.
O depósito de pneus usados em aterros sanitários é ainda praticado em Portugal mas esta prática vai ser interdita. O que acontece com o seu depósito em aterros são sobretudo as seguintes situações negativas:

1. Grande volume ocupado pelos pneus, que são constituídos sobretudo por espaço vazio, o que vai sobrecarregar a capacidade e condicionar a vida útil dos aterros sanitários;

2. Tendência para ascender na massa de resíduos, resultado da acumulação no seu interior, de gases libertados pela decomposição dos resíduos urbanos. Os pneus enterrados acabam muitas vezes por aparecer à superfície do aterro sanitário, com os inconvenientes associados;

3. Instabilidade física do aterro, pela introdução de um elemento que resiste à compactação, à degradação (estima-se em cerca de 150 anos, o tempo necessário para um pneu se decompor) e que não confere homogeneidade à massa de resíduos, não contribuindo para a sua estabilização; 4. Não aproveitamento e consequente desperdício, de matérias-primas que poderiam ser utilizadas com benefício pela sociedade, poupando recursos naturais e energia

Pilhas

As pilhas são objectos de grande unidade pois possuem aplicação em vários domínios. De um modo geral, as pilhas são classificadas da seguinte forma:
Pilhas gerais: onde se incluem as de zinco-carvão, alcalinas e de níquel-cádmio, sendo habitualmente aplicadas em brinquedos, aparelhos de som, lanternas, ect.

Pilhas especiais: subdivididas nas denominadas pilhas-botão (alcalinas, de óxido de prata, óxido de mercúrio, de zinco-ar e de lítio) e pilhas cilíndricas (óxido de prata, óxido de mercúrio e de lítio), habitualmente aplicadas em relógios, máquinas de calcular, máquinas fotográficas, aparelhos auditivos e instrumentos de precisão.

As pilhas gastas são poluentes uma vez que uma boa parte delas contém metais pesados como sejam cádmio, o chumbo, o lítio e sobretudo o mercúrio, que podem converter-se em perigoso poluentes tóxicos para a saúde humana e contaminantes do meio natural. Quando abandonadas na natureza ou nas lixeiras, a corrosão rompe os envólucros e derrama o seu conteúdo tóxico que é arrasto pelas chuvas para os rios, mares e para os lençóis de água subterrâneos que abastecem os poços e nascentes.

No caso específico de libertação de mercúrio para o ambiente, este poderá vir a afectar o ser humano por via directa ou indirecta (uma vez que as plantas e os animais terrestres absorvem-no e concentram-no nos seus tecidos) com consequências graves. Por ser um metal pesado não é eliminado pelo nosso organismo, acumulando-se até originar uma dose que poderá colocar em perigo a saúde humana. Se as pilhas são queimadas, os seus fumos altamente tóxicos e os vapores de mercúrio precipitam-se com a chuva sobre os campos e culturas, contaminando, de igual forma, o meio ambiente e os alimentos.

Devido ao seu teor em matérias perigosas, tornou-se necessários assegurar a gestão correcta dos resíduos de pilhas. Pretende-se deste modo evitar que as pilhas usadas sejam abandonadas indiscriminadamente ou conduzidas para lixeiras ou aterros juntamente com os restantes resíduos sólidos, provocando impactes negativos no ambiente, e a saúde pública.

Neste âmbito, a união europeia publicou as Directivas 91/157, sobre o aproveitamento e eliminação controlada de pilhas e acumuladores contendo determinadas matérias perigosas, e a directiva 93/86, sobre símbolos indicativos de recolha separada e de teores de metais pesados nas pilhas (mercúrio, cádmio e chumbo). De acordo com esta regulamentação, a recolha e eliminação selectiva de pilhas restringe-se, nas pilhas gerais, às de níquel-cádmio e, nas pilhas especiais, às de óxido de mercúrio (devendo possuir os símbolos de recolha separada e reciclagem).

As pilhas utilizadas em Portugal são na totalidade importadas. Em 1991, foram utilizados 77.5 milhões de pilhas, na esmagadora maioria pertencentes à categoria das “pilhas gerais”. As pilhas especiais representaram apenas cerca de 3.3% do mercado. Analisando a situação portuguesa em função das matérias contidas nas pilhas, verifica-se que as pilhas de níquel-cádmio (recarregáveis) representam 0.08% do consumo, o que equivale ao lançamento para o ambiente de 359 Kg de cádmio. Prevê-se, no entanto, a sua expansão no mercado, devido à implementação de tecnologias que permitem a sua recarga. As pilhas de óxido de mercúrio (botão) representaram 0.07% do mercado, o que corresponde ao lançamento de 119 Kg de mercúrio para o ambiente. Estas últimas estão a ser substituídas por pilhas de zinco-ar e de óxido de prata.

Reduzir e reutilizar

Presentemente, ainda não existem em Portugal as infra-estruturas necessárias para promover a nível nacional, a reciclagem de pilhas. Existem porém algumas pilhas ditas verdes ou ecológicas que contêm menos mercúrio. Mesmo assim, nenhuma pilha deve ser deitada no “lixo”.
A este propósito, convém seguir algumas sugestões que poderão evitar riscos e minimizar os efeitos nocivos que s pilhas têm para o meio ambiente:

- Não deitar pilha alguma no lixo, nem abandoná-la “por aí”;
- Manter as pilhas fora do alcance de crianças;
- Depositar as pilhas nos contentores próprios que algumas Câmaras possuem junto dos vidrões.
No entanto, procurar saber qual o destino final que as pilhas têm;
- Caso não haja contentores por perto, acondicionar as pilhas usadas em caixas de cartão com um saco de plástico no seu interior para evitar derrames, ou em garrafas de plástico. Embora em Portugal não exista um sistema eficaz de recolha de pilhas, é preferível saber que elas estão bem acondicionadas do que serem depositadas ou abandonadas sem qualquer precaução;
- Sempre que possível, optar por pilhas recarregáveis. Embora inicialmente seja necessário fazer um investimento maior e apesar de as pilhas recarregáveis se descarregarem mais rapidamente que as alcalinas a maioria destas podem ser usadas centenas de vezes.

Reciclar

- Pensa-se que através da publicação, de legislação nacional regulamentadora desta temática, se lançarão as bases necessárias para um correcta gestão das pilhas.- A recolha selectiva das pilhas usada tem vindo a ser adoptada em vários países europeus. Segundo o Relatório “Europile” de Maio de 1992, há pelo menos seis países que procedem à recolha de todos os tipos de pilhas (Áustria, Suécia, Suíça, Dinamarca, Holanda e Itália). A Alemanha recolhe as pilhas especiais, as de óxido de mercúrio e as de níquel-cádmio. A Espanha e a Bélgica têm esquemas de recolha para as pilhas de óxido de mercúrio. A Noruega recolhe quer as de óxido de mercúrio, quer as de níquel-cádmio. Há todavia outros países não têm sistemas generalizados de recolha: Irlanda, Grécia, Luxemburgo, Inglaterra e... Portugal.

Latas

A folha de aço estanhado é um dos materiais de embalagem mais vulgares. Teve origem em oficinas da Boémia e da Saxónia, no século XIII, que mantiveram o segredo de fabrico durante muito tempo. Nos séculos seguintes, a chapa de aço estanhado foi exportada para toda a Europa a partir da Flandres, e é essa a razão porque ainda hoje este material é designado de “folha-de-flandres”.

O desenvolvimento das embalagens em folha-de-flandres foi feito em França e Inglaterra desde o início do século XIX. Em 1809, Nicolas Appert descobriu um novo processo para conservação prolongada de alimentos: a esterilização a quente seguida de acondicionamento em embalagem estanque. No ano seguinte, Peter Durand aplicou esse princípio à embalagem metálica. Foi assim que surgiu a chamada “lata de conserva”.

A chapa de folha-de-flandres é um produto de siderurgia: tem origem nos minérios do ferro (pirites, hematites, etc.). a chapa de aço é revestida por uma fina camada de estanho, dando origem à folha-de-flandres. Esta é impressa e transformada por sucessivas etapas de embutição-estiragem, dobragem e soldadura, até surgir a embalagem. Em 1963, o norte-americano Ernie Fraze inventou a “abertura fácil”, uma inovação prática que contribuiu para o a generalização das latas de conservas e das latas de sumos e outras bebidas. A latas são também muito utilizadas para tintas, colas e vernizes, óleos, solventes, etc. Em função do conteúdo, o interior das latas pode ter uma fina camada de revestimento orgânico que impede o contacto do produto com o metal.

Outro material metálico usado para fabricar embalagens é o alumínio, obtido a partir de um minério de bauxite. As latas de alumínio são hoje utilizadas para conter sumos e refrigerantes com gás, alimentos, produtos de higiene, químicos, etc.
Os alumínio é um metal muito leve, resistente à oxidação e pouco permeável aos gases – características que o tornam adequado para embalagem. No entanto, a sua extracção a partir da bauxite é uma indústria de elevado consumo energético.
Os dois materiais são muito fáceis de distinguir. As latas de folha-de-flandres, como a generalidade dos materiais ferrosos, são atraídas por um magneto (íman). O mesmo não sucede com o alumínio.

Reduzir

As embalagens metálicas são quase sempre embalagens sem retorno, isto é, não reutilizáveis. No entanto, isso não impede que haja um redução dos resíduos resultantes das latas usadas. De facto, ao longo dos últimos anos, os processos de fabrico têm evoluído no sentido de fabricar embalagens com menos matéria-prima, o que se traduz em menores espessuras e pesos. O consumidor dá conta disso ao verificar que as embalagens metálicas se tornam cada vez mais flexíveis.

Reutilizar

Pelas razões já indicadas, as latas não são reutilizáveis. No entanto, para algumas embalagens metálicas de grande capacidade, como é o caso dos “bidões”, a reutilização é frequentemente adoptada pelos seus utilizadores.

Reciclar

Regra geral, todos os materiais metálicos usados podem ser recuperados e novamente fundidos. É bem conhecida a reciclagem da sucata de ferro, que se processa nas siderurgias. As embalagens metálicas seguem o mesmo procedimento, podendo ser recicladas nas siderurgias ou nas fundições de alumínio. A reciclagem dos metais a partir de objectos usados contribuí fortemente para a poupança de recursos naturais (minérios) e permite grande redução de gastos energéticos.

No caso das embalagens de alumínio, designadamente as latas de líquidos alimentares, há tecnologias que permitem fazer embalagens novas utilizando unicamente embalagens usadas. Em termos de produção, o alumínio obtido a partir de embalagens consome unicamente 5% da energia necessária para produzir a partir de matérias-primas minerais. Daí a importância da recolha das embalagens para reciclagem.

No nosso País, essa recolha está ainda pouco desenvolvida, apesar dos louváveis esforços de algumas Câmaras, que já colocaram contentores para esse fim na via pública. Importa expandir e diversificar os sistemas de recolha, informar e motivar os cidadãos a participar, bem como implementar unidades de reciclagem de acordo com as quantidades de metais a reciclar.

Plastico

Os materiais plásticos surgiram como resultado das tentativas dos investigadores no sentido de inventar materiais sintéticos capazes de imitar ou substituir materiais naturais. Na segunda metade do século passado, o desenvolvimento da química orgânica e as noções de estrutura molecular, não só ampliaram os conhecimentos sobre polímeros naturais, um dos maiores constituintes dos seres vegetais e animeis, como abriram o caminho a descoberta dos primeiros polímeros sintéticos.

O polímero é uma palavra de origem grega que significa formado de muitas partes. Um polímero é constituído gigantes. Os plásticos são polímeros sintéticos, obtidos através de diversas reacções químicas, a partir de moléculas simples. As matérias-primas mais utilizadas são o petróleo e o gás natural, após sucessivas operações de fraccionamento. A produção de materiais plásticos representa apenas 4% do consumo total de petróleo. Na sua forma básica, os plásticos apresentam-se na forma de grânulos ou pós que, por acção do calor, fundem e são moldados. Existem dois tipos principais de plásticos:

1. Termoplásticos – amolecem quando aquecidos e endurecem de novo quando arrefecem, o que permite moldá-los sucessivas vezes. Mais de 80% dos plásticos vulgarmente utilizados são deste tipo.
2. Termoestáveis ou Termoendurecíveis – ganham forma de produtos rígidos por acção do calor e reacções químicas e não são susceptíveis de serem moldados de novo por acção do calor.

Apesar de serem materiais “recentes” os plásticos cedo se afirmam como material especialmente útil e extremamente versátil. As matérias-primas plásticas são utilizadas para fabricar fibras sintéticas (para vestuário e confecções), material escolar, brinquedos, instrumentos médicos, materiais de construção, materiais de agricultura, peças para automóveis, telefones, electrodomésticos, computadores e ainda para fabricar embalagens. Como há muitos materiais plásticos diferentes entre si, as tecnologias de fabrico são também muito variadas. A maior parte dos objectos fabricados em plástico caracterizam-se pela sua duração. As embalagens, que têm normalmente curta, representam, a nível nacional, menos de um terço do consumo de plásticos.
Os materiais plásticos são conhecidos mundialmente por siglas (já indicadas no inicio do trabalho).

REDUZIR

Os materiais plásticos representam entre 7 e 10% do peso total dos resíduos sólidos urbanos. Quando se trata da relação em volume, e data sua baixa densidade, a percentagem é consideravelmente mais elevada. Grande parte dos resíduos de plástico provêm de embalagens, pelo que a redução está muito dependente deste tipo de aplicação,
Duas alternativas devem ser consideradas – a redução na origem e da redução pelo consumidor. A primeira deve processar-se, do mesmo modo que para qualquer outro material, pela utilização da quantidade de material e volume mínimos que permitiram manter o nível de desempenho adequado.

Ao consumidor compete escolher embalagens nas condições anteriores e evitar consumos supérfluos, quer se trate de embalagens ou outros produtos. Por exemplo, sacos de supermercado, material escolar, artigos domésticos, etc. que, muitas vezes, são também utilizados em excesso. A utilização de produtos concentrados ou embalagens de recarga conduz também à redução de resíduos.

Reutilizar

Dum modo geral, em Portugal, as embalagens plásticas não têm retorno, o que não significa que não possam ser reutilizadas. È o casso dos sacos, das caixas, garrafas e garrafões, ect., que o consumidor pode reutilizar para diversos fins.
Embora escassos, existem também alguns casos em que o consumidor pode levar a embalagem usada à loja, para reenchimento. O uso de recargas é outra modalidade de reutilização, já que permite usar várias vezes uma primeira embalagem.

Reciclar

Todos os materiais plásticos são recicláveis. Em Portugal reciclam-se anualmente milhares de toneladas de materiais plásticos provenientes, principalmente de resíduos da indústria. Os materiais usados pode dar origem a novos materiais: embalagens, revestimentos de solos, fibras para acolchoados, caixas de cassetes, brinquedos, material escolar, etc. Estes são os processos mais simples e constituem a chamada “reciclagem mecânica”. No entanto, os investigadores já descobriram e continuam a trabalhar em processos que permitem transformar plásticos usados em combustíveis semelhantes aos de uso corrente ou até em matérias-primas originais – é a chamada reciclagem química.

Por outro lado a reciclagem de materiais plásticos provenientes de uso doméstico, sobretudo embalagens, está a dar os primeiros passos em Portugal, pelo que o seu desenvolvimento é urgente e permitirá quer uma redução substancial nos resíduos a eliminar, quer uma poupança de matérias-primas. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os consumidores devem separar os plásticos, evitando misturá-los com os resíduos orgânicos e seguindo as instruções fornecidas pelas Câmaras, quando estas instalam sistemas de recolha selectiva. Para facilitar a separação dos diferentes plásticos, os produtores devem incluir nos objectos um símbolo de identificação. Os plásticos recolhidos selectivamente, classificados e compactados, são depois entregues às industrias de reciclagem. Os cidadãos devem estar atentos às iniciativas das Câmaras e colaborar com elas para que a recolha selectiva tenha êxito.

Vidro

Há notícia da existência de recipientes rudimentares de vidro datados de cerca do ano 3000 a.C. Isto faz com que o vidro seja um dos materiais de embalagem mais antigos e... mais modernos.
O mais surpreendente é que o vidro não é propriamente um material “sólido”, com estrutura (partículas) organizada. O vidro resulta da fusão de sílicas (areias) a atlas temperaturas (acima dos 1000 graus), seguida da arrefecimento rápido, sem dar tempo as partículas se “organizarem”.

Para fabricar vidro, utiliza-se sílicas (areias), carbonato de sódio e cal, que são matérias-primas abundantes. A extracção de areias é, porém, uma actividade que deve ser sujeita a regras, para evitar que se causem danos ao ambiente e á paisagem. Regra geral, são necessárias 1.4 toneladas de matérias-primas para produzir 1 tonelada de embalagens de vidro (garrafas, frascos, garrafões, etc.). A fusão das matérias-primas é feita em fornos gigantescos, num processo que requer muita energia.

A massa fundida passa, pingo a pingo, para as máquinas de moldar, que dão a forma da embalagem. As garrafas ou frascos passam depois por um túnel de recozimento, para ganharem resistência, e por diversos equipamentos de controlo de qualidade.
Depois de todas estas etapas, a embalagem de vidro está pronta para conter sumos, refrigerantes, vinhos, azeites, ou outros produtos alimentares. As embalagens de vidro são muito apreciadas pela sua transparência e brilho. O vidro é considerado um “material nobre”, frequentemente associado a produtos de qualidade ou a produtos de “luxo”, como, por exemplo, os perfumes. Uma das grandes vantagens do vidro é o facto de ser praticamente inerte, o que significa que não existe grande possibilidade de contaminar o produto que contém.

Reduzir

Ao longo dos anos, as fábricas de vidro conseguiram reduzir significativamente a quantidade de vidro necessária para produzir uma garrafa. Estes processos consistem em reduzir a espessura das paredes da embalagem, melhorando o seu “design” de forma a que a garrafa tenha a mesma resistência com menos consumo de matéria-prima e de energia.
São chamadas tecnologias do vidro leve, que se traduzem em grandes benefícios para o meio ambiente: poupança de matéria-prima e de combustíveis para os fornos de fusão.

Reutilizar

Muitas das embalagens de vidro são reutilizáveis. Por outras palavras, depois de consumir o produto, o consumidor leva-as de volta para a loja ou supermercado que, por sua vez, devolve todas as garrafas à fabrica de engarrafamento. Deste modo, a mesma embalagem é usada várias vezes, o que significa que essa garrafa só se transforma em resíduo depois de várias utilizações.
A reutilização é, por isso, uma forma de poupar matérias-primas e energia. Todavia, a embalagem reutilizável obriga a que esta tenha que ser mais resistente, tenha que ser transformada vazia e tenha que ser lavada antes de nova utilização. O que obriga deste modo a fábrica a ter sistemas de tratamento de “águas residuais” e de resíduos.
Por todas estas razões, a embalagem reutilizável é uma opção viável quando os circuitos de recuperação e distribuição não envolverem distâncias muito grandes e custos muito elevados.

Reciclar

Todas as embalagens de vidro são recicláveis, quer se tratem de garrafas reutilizáveis que já fizeram várias viagens, quer se trate de garrafas sem retorno.

A reciclagem do vidro começa com os consumidores. Em vez de deitarem as garrafas de vazias no lixo, devem ditá-las no vidrão. O “vidro velho” depositado nos Vidrões chama-se “casco” e é recolhido por muitas Câmaras Municipais para ser vendido às indústrias vidreiras. Desde modo, não só se diminui o volume e o peso dos resíduos domésticas a tratar, como se gera mais uma fonte de receitas para as Autarquias. O “vidrão” é um contentor que deve ser usado exclusivamente para as embalagens de vidro. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os consumidores não devem colocar no “vidro” outros materiais ou objectivos, tais como metais, plásticos, pedras, louças, lâmpadas, vidros de janelas ou espelhos, restos de comida, papéis, etc.


Em Portugal já se recicla cerca de 30% do vidro usado. É uma taxa de reciclagem muito boa, que ainda pode ser aumentada. Isso depende de todos nós: o vidro é no vidrão!

Papel

Está estabelecido que foi na China que se fabricou a primeira folha deita de pasta de papel. No primeiro século da era cristã , Tsai Lun mandou bater conjuntamente farrapos de seda e cascas de amoreira, misturando-as em águas. Posteriormente, crivou as fibras separadas pelo batimento numa forma feita de finas lâminas de bambu e entrelaçadas, obtendo folhas de papel que eram postas a secar ao sol.

As tecnologias de fabrico de papel têm sido objecto de inúmeros esforços de investigação e de transformação, procurando-se uma maior eficiência e eficácia do processo de produção, bem como na qualidade do produto final. Embora exista uma variedade enorme de tipos de papel, que se fabricam das mais diversas maneiras, as bases do processo não se afastam do conceito clássico de Tsai Lun, comas suas quatro operações: mistura de fibras vegetais em água, drenagem, prensagem e secagem.

A nossa civilização tem levado a um progressivo aumento da procura de papel para utilização, quer nos meios de comunicação, quer em embalagens. Este material tem condições para ser um produto aceitável do ponto de vista ecológico, visto que é produzido a partir de uma matéria-prima renovável, sendo reciclável e biodegradável

Torna-se, no entanto, necessário salientar os impactes ambientais negativos da produção de papel, os quais são decorrentes da desflorestação (monoculturas de espécies mais rentáveis e consequente diminuição da biodiversidade, erosão e exaustão de solos, abaixamento do nível freático e secagem dos poços), da produção intensiva de pasta (poluição atmosférica com emissões de ácido sulfídrico e mercaptanos e dióxido de enxofre), e do papel (poluição dos aquíferos com elevadas quantidades de produtos químicos-biocidas, branqueadores ópticos, correctores de humidade e de viscosidade, vernizes, etc. – utilizados no processo). Por outro lado, o branqueamento da pasta de papel, no caso de ser feito com cloro (poluição dos aquíferos com compostos organoclorados, dioxinas, de elevado grau de toxidade, bioacumuláveis e persistentes), e a eliminação dos resíduos originados na produção (produção de lamas com concentrações elevadíssimas de produtos tóxicos resultantes de todo o processo e aumento de resíduos decorrentes do consumo de produtos), também originam impactes no meio ambiente, quando não existem nas fábricas os adequados tratamentos de efluentes.

Vivemos numa sociedade de consumo e desperdício, em que o consumo é uma consequência da prosperidade, dando origem a sub-produtos e resíduos considerados sem utilidade, o que faz realçar a preocupação de reduzir, reutilizar e reciclar o grande volume de resíduos sólidos, quer domésticos quer industriais, de forma a permitir a sua reintrodução nos ciclos de mercado.
Por outro lado, o desenvolvimento da indústria de papel e cartão, as necessidades de matérias-primas, os sistemas de recolha de papéis velhos e do seu tratamento apelam necessariamente a uma estreia colaboração entre produtores e consumidores, numa atmosfera de confiança e boa fé.

É importante compreender que os resíduos podem ser uma fonte de matéria-prima que urge ser valorizada. Não é por acaso que um número cada vez maior de agentes económicos empresas e indivíduos) está consciente dos impactes no ambiente dos desperdícios e, consequentemente, dos custos acrescidos que estes impõem às suas actividades quotidianas.

É essencial estabelecer regulamentações e instrumentos económicos para a utilização de tecnologias menos poluentes por parte das indústrias, bem como incentivar a investigação e o design de forma a reduzir os desperdícios. Por outro lado, cada pessoa, no seu dia-a-dia, deve proceder a uma mudança de comportamentos, responsabilizando-se pelos seus actos e, consequentemente, facilitar e colaborar na política dos 3R’s.
REDUZIR

Os papéis e cartões são um dos materiais mais vulgares, úteis e abundantes. Mas isso não significa que devam ser consumidos e deitados fora de forma despreocupada. O consumidor consciente é aquele que racionaliza a utilização do papel e evita o desperdício. È necessário inventariar os produtos que se consomem e analisar em que sectores se obterão economias ou se poderão reduzir ou eliminar consumos supérfluos. Estes actos podem ser traduzidos em medidas pragmáticas, como por exemplo usar panos na cozinha, em vez de toalhas de papel. ~
Reutilizar

Dever-se-ão utilizar os produtos de papel e cartão tantas vezes quanto possível. Existem alguns casos de reutilização interessantes, tais como: voltar a usar papéis de embrulho, capaz de cartolina ou mesmo certas caixas de cartão; usar ambos os lados de cada folha, aproveitando o papel usado para rascunho, etc.

Reciclar

As gerações de hoje têm vindo a originar um aumento considerável da quantidade e da diversidade de resíduos, facto associado à oferta de cerca de 3000 produtos diferentes à base de papel, o que representa um consumo mundial de 630 mil toneladas por dia, dos quais 500 mil são rejeitados.

Reciclar o papel não é mais do que aproveitar as fibras de celulose (também chamadas “fibras secundárias”) existentes nos papéis usados para produzir papéis novos. Refira-se que a desagregação e separação das fibras recuperadas dos papéis usados são operações mais simples do que as utilizadas para extrair fibras da madeira. Depois de usados, os “papéis velhos” são introduzidos no processo, permitindo reduzir a quantidade de pasta de papel necessária para a produção de papel novo (menos árvores a abater), bem como poupar água, energia e possibilitar a diminuição da poluição decorrente do processo.

A reciclagem é uma actividade com um interesse muito grande, quer para a indústria do papel, quer para a sociedade em geral, apresentando vantagens a vários níveis: ecológicos (diminuição do abate de árvores, redução do consumo de água no acto do fabrico); económicos (contribui para a diminuição do défice da Balança Comercial) e energéticos (a produção do papel reciclado consome 2 a 3 vezes menos energia que o papel fabricado à base de fibra virgem). Para produzir 1 tonelada de papel são precisos entre 3.8 e 5.3 Ha de floresta, entre 280 e 440 m3 de água e entre 4750 e 7600 KW/h de energia.

No entanto, a reciclagem não é um processo infinito, pois as fibras só podem ser recicladas, em média, 3 a 5 vezes. Quer isto dizer que, apesar das altas taxas de eficiência que se possam conseguir no processo de reciclagem, haverá sempre necessidade de adicionar fibras virgens para substituir fibras degradadas. Por outro lado, em certos papéis aparecem determinadas substâncias que não permitem a sua utilização para fabricação de papel, como seja a contaminação com produtos orgânicos, bem como materiais que impossibilitam a reciclagem, tais com: papéis sulfurizados, papéis e cartões encerados, parafinados, oleados, papéis de fax, autocolantes, papéis e cartões revestidos ou laminados com filme plástico e/ou folha de alumínio, etc.

Em Portugal, a taxa de recuperação de papel velho representa já cerca de 40% do total de papéis e cartões consumidos! Mas a taxa de recuperação e de reciclagem de papel pode ser aumentada se a recolha e consumo forem devidamente coordenados, ou seja, se existir mercado para produtos resultantes da reciclagem. Assim, e em vez de deitar papéis para o “lixo”, é preciso separá-los, evitando as matérias proibidas (metais, têxteis, madeira, pedras, resíduos orgânicos, etc.) e as matérias inutilizadores ( plásticos, fitas adesivas, agrafos, etc.) do processo de reciclagem. Por outro lado, dever-se-ão exigir produtos reciclados.

Ecoponto

O que são os Ecopontos ?


Os ecopontos são conjuntos de contentores para recolha selectiva de papel e cartão, embalagens, vidro e pilhas. Estão localizados em pontos estratégicos como escolas, parques, piscinas, complexos desportivos, mercados e feiras.
Os ecopontos são estruturas essenciais para a melhoria do nosso ambiente. Neles podemos depositar diferenciadamente diversos materiais, principalmente os de menor dimensão, que serão recuperados, reciclados ou valorizados através de novas tecnologias.
Os ecopontos podem-se encontrar sobre a forma de contentores individualizados ou, então, sob a forma de um único contentor com funções múltiplas, encontrando-se normalmente bem sinalizados.
O que deve ser depositado ?
1- Contentor Azul: papel e cartão
2- Contentor Verde: garrafas e embalagens de vidro
3- Contentor Amarelo: embalagens de plástico, metal e cartão complexo (embora em diversos sistemas as embalagens de cartão complexo sejam colocadas no contentor de papel e cartão)

O que não deve ser depositado ?

1- Papel e Cartão: papéis e cartões contaminados com outro tipo de materiais, como guardanapos e autocolantes;2- Vidro: espelhos, lâmpadas, cerâmicas, porcelanas, tampas de garrafa, acrílicos;3- Plástico: embalagens contaminadas com outros materiais, borrachas, couro, seringas, carpetes.
A regra dos três Rs
A regra dos três Rs, que significa: REDUZIR, Reutilizar, RECICLAR

REDUZIR

A redução é a primeira das formas de minorar os problemas da gestão de resíduos.
As indústrias devem desempenhar um papel importante da redução. Através do design, da utilização de novos materiais e da adopção de novos processos e tecnologias menos poluentes, é possível fabricar embalagens com menos peso, com menor dispêndio de energia e de recursos naturais, sem perder a resistência e a aptidão para conservar os produtos. Outra tendência é a utilização de produtos concentrados, que permite um menor consumo de materiais de embalagem.
Os consumidores também devem contribuir para a redução do peso e do volume dos resíduos. Devem evitar consumos supérfluos e desperdícios, rejeitar excessos de embalagem e exprimir a sua opinião junto das autoridades, das indústrias e dos comerciantes para agirem em conformidade com si mesmos objectivos.

Reutilizar
Há objectos que são concebidos para serem usados várias vezes, em vez de serem deitados fora depois da primeira utilização. A opção por produtos reutilizáveis diminui a curto prazo a quantidade dos resíduos domésticos que têm que ser eliminados, visto após um certo número de viagens, estes se transformam em resíduos.
Alguns produtos têm embalagens reutilizáveis. Outros são vendidos em “recargas” que permitem usar a mesma embalagem original várias vezes.
O consumidor deve ser atento e responsável, o que significa que, perante cada hipótese de reutilização, deve avaliar as vantagens e desvantagens para si e para o Meio Ambiente.

RECICLAR

Reciclar é uma forma de valorizar um material que já foi utilizado, transformando-o noutro material útil. A reciclagem é um método de diminuir a quantidade de resíduos, poupando recursos naturais e energéticos.
Para que os materiais possam ser reciclados, é necessário que sejam recolhidos e transportados separadamente depositados, recolhidos e transportados. Para este efeito, os consumidores devem seguir as instruções da respectiva Câmara Municipal relativamente ás recolhas selectivas. Os resíduos orgânicos, que no nosso país constituem a maior parcela dos resíduos urbanos, podem ser transformados em composto, um correctivo orgânico útil para a agricultura e jardinagem. Os papéis e cartões podem ser aproveitados para produzir novos papéis. Os resíduos metálicos podem ser recuperados para fundição e fabrico de novas peças. As embalagens de vidro podem dar origem a novas embalagens. Os plásticos podem ser recuperados, fundidos e moldados de novo.

A Reciclagem

No âmbito da disciplina de Ciências Naturais tínhamos de realizar um trabalho sobre a Reciclagem.
Neste trabalho pretendemos evidenciar os aspectos mais importantes do tema.
Optámos por este tema, por ser muito actual e de extrema importância na preservação do Meio Ambiente.
Durante muito tempo, talvez toda a nossa vida e a dos que nos precederam, habituámo-nos a utilizar muitos objectos e deitá-los fora. Este gesto tornou-se um hábito, o que significa que, na maior parte das vezes, o gesto de deitar fora é assumido sem qualquer reflexão.
Na origem desta realidade está a modificação dos nossos padrões de vida. Por um lado, podemos dizer que o desenvolvimento e a produção em massa melhoraram a nossa qualidade de vida. Temos uma maior variedade de produtos à nossa disposição. Mas, por outro lado, esta “sociedade de consumo” tem um lado negativo, que se traduz no consumo excessivo, “consumismo” e no desperdício.
Costumamos chamar “lixo” ao que deitamos fora, sem nos preocuparmos mais com o seu destino. Durante muito tempo, parecia não haver motivo para grandes preocupações. Sobrava terreno para aterros, isto é, locais onde se depositava o “lixo” controlado pensando que este se biodegradava rapidamente e se transformava em húmus.
Com o decorrer dos anos, todas estas convicções foram derrubadas. Nos aterros, a matéria orgânica não se decompõe como se pensava e o homem criou muitos materiais que a Natureza não tem capacidade para degradar. Os terrenos escasseiam à volta das grandes cidades, onde a produção de resíduos é maior. As populações resistem à construção de novos aterros. Os terrenos estão mais caros e o transporte de resíduos é dispendioso.
Estas são algumas razões imediatas pelas quais temos que mudar a nossa mentalidade e os nossos hábitos. Lixo é aquilo que já não tem valor. O que ainda pode ser aproveitado não deve ser tratado como “lixo”. Na realidade, quase tudo o que faz parte dos resíduos sólidos urbanos pode ser aproveitado, como teremos oportunidade de ver.
Para realizar este trabalho tivemos de recorrer a vários livros, enciclopédias e à “Internet”. E solicitamos informações ao Ministério do Ambiente.