quarta-feira, 4 de março de 2009

Pneus Usados

Pneu ou pneumático, é uma estrutura contínua composta por vários materiais entre os quais se destaca a borracha, que envolve uma roda geralmente de metal, formando com esta um conjunto que rola numa estrada pavimentada, numa via de terra batida ou até mesmo num carril (caso de certas composições de metro), conjunto esse que através de um eixo mais um menos complexo, transporta um objecto que se movimenta.

Após o seu período de vida útil, ou após deterioração o pneu transforma-se num resíduo a que poderemos chamar de resíduo pneu.

Os pneus de borracha são de dois tipos principais:
pneus maciços
Nestes pneus a borracha é maciça e tem como função suportar a carga, absorver choques e resistir ao corte e à abrasão. São usados actualmente apenas nalguns tipos de veículos industriais, agrícolas e militares.
Pneus com ar ou pneumáticos

Neste tipo de pneus a carga suportada e a resistência ao choque são absorvidos sobretudo pelo ar comprimido que enche o pneu. Este ar comprimido pode ou não estar encerrado num tubo de borracha independente do pneu e colocado no seu interior, chamado de câmara de ar. O uso deste acessório complementar do pneu, tem vindo a ser abandonado, mas até há alguns anos os pneus sem câmara de ar não existiam. Os pneus com ar são fabricados em número muito superior aos pneus maciços sendo usados em quase todos os veículos, devido ao poder amortecedor que possuem e a outras características vantajosas relativamente ao pneus maciços.

Impacto ambiental dos pneus usados

A situação dos pneus usados em Portugal é grave e não se vislumbra uma estratégia coerente para a resolver, sendo despejados em locais impróprios e sem qualquer tratamento, grande parte das 50 mil toneladas que se estimam que sejam produzidas anualmente. O resultado são depósitos de pneus, agressores da paisagem que é património de todos, espalhados pelo país em locais mais ou menos abandonados e degradados, é o seu enterramento em aterros sanitários com consequências ambientais graves, é a sua queima sem qualquer controlo ambiental a céu aberto ou em determinadas indústrias, como certas cerâmicas. É igualmente o seu não aproveitamento como matéria prima para variadas aplicações, como seja e como exemplo, como adjuvante no asfalto para a pavimentação de estradas, com vantagens técnicas e económicas em relação ao asfalto clássico. A queima descontrolada de pneus é responsável pela emissão de muitas partículas (fumo negro), metais pesados, compostos orgânicos complexos e dioxinas entre outros poluentes atmosféricos.
O depósito de pneus usados em aterros sanitários é ainda praticado em Portugal mas esta prática vai ser interdita. O que acontece com o seu depósito em aterros são sobretudo as seguintes situações negativas:

1. Grande volume ocupado pelos pneus, que são constituídos sobretudo por espaço vazio, o que vai sobrecarregar a capacidade e condicionar a vida útil dos aterros sanitários;

2. Tendência para ascender na massa de resíduos, resultado da acumulação no seu interior, de gases libertados pela decomposição dos resíduos urbanos. Os pneus enterrados acabam muitas vezes por aparecer à superfície do aterro sanitário, com os inconvenientes associados;

3. Instabilidade física do aterro, pela introdução de um elemento que resiste à compactação, à degradação (estima-se em cerca de 150 anos, o tempo necessário para um pneu se decompor) e que não confere homogeneidade à massa de resíduos, não contribuindo para a sua estabilização; 4. Não aproveitamento e consequente desperdício, de matérias-primas que poderiam ser utilizadas com benefício pela sociedade, poupando recursos naturais e energia

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