Os materiais plásticos surgiram como resultado das tentativas dos investigadores no sentido de inventar materiais sintéticos capazes de imitar ou substituir materiais naturais. Na segunda metade do século passado, o desenvolvimento da química orgânica e as noções de estrutura molecular, não só ampliaram os conhecimentos sobre polímeros naturais, um dos maiores constituintes dos seres vegetais e animeis, como abriram o caminho a descoberta dos primeiros polímeros sintéticos.
O polímero é uma palavra de origem grega que significa formado de muitas partes. Um polímero é constituído gigantes. Os plásticos são polímeros sintéticos, obtidos através de diversas reacções químicas, a partir de moléculas simples. As matérias-primas mais utilizadas são o petróleo e o gás natural, após sucessivas operações de fraccionamento. A produção de materiais plásticos representa apenas 4% do consumo total de petróleo. Na sua forma básica, os plásticos apresentam-se na forma de grânulos ou pós que, por acção do calor, fundem e são moldados. Existem dois tipos principais de plásticos:
1. Termoplásticos – amolecem quando aquecidos e endurecem de novo quando arrefecem, o que permite moldá-los sucessivas vezes. Mais de 80% dos plásticos vulgarmente utilizados são deste tipo.
2. Termoestáveis ou Termoendurecíveis – ganham forma de produtos rígidos por acção do calor e reacções químicas e não são susceptíveis de serem moldados de novo por acção do calor.
Apesar de serem materiais “recentes” os plásticos cedo se afirmam como material especialmente útil e extremamente versátil. As matérias-primas plásticas são utilizadas para fabricar fibras sintéticas (para vestuário e confecções), material escolar, brinquedos, instrumentos médicos, materiais de construção, materiais de agricultura, peças para automóveis, telefones, electrodomésticos, computadores e ainda para fabricar embalagens. Como há muitos materiais plásticos diferentes entre si, as tecnologias de fabrico são também muito variadas. A maior parte dos objectos fabricados em plástico caracterizam-se pela sua duração. As embalagens, que têm normalmente curta, representam, a nível nacional, menos de um terço do consumo de plásticos.
Os materiais plásticos são conhecidos mundialmente por siglas (já indicadas no inicio do trabalho).
REDUZIR
Os materiais plásticos representam entre 7 e 10% do peso total dos resíduos sólidos urbanos. Quando se trata da relação em volume, e data sua baixa densidade, a percentagem é consideravelmente mais elevada. Grande parte dos resíduos de plástico provêm de embalagens, pelo que a redução está muito dependente deste tipo de aplicação,
Duas alternativas devem ser consideradas – a redução na origem e da redução pelo consumidor. A primeira deve processar-se, do mesmo modo que para qualquer outro material, pela utilização da quantidade de material e volume mínimos que permitiram manter o nível de desempenho adequado.
Ao consumidor compete escolher embalagens nas condições anteriores e evitar consumos supérfluos, quer se trate de embalagens ou outros produtos. Por exemplo, sacos de supermercado, material escolar, artigos domésticos, etc. que, muitas vezes, são também utilizados em excesso. A utilização de produtos concentrados ou embalagens de recarga conduz também à redução de resíduos.
Reutilizar
Dum modo geral, em Portugal, as embalagens plásticas não têm retorno, o que não significa que não possam ser reutilizadas. È o casso dos sacos, das caixas, garrafas e garrafões, ect., que o consumidor pode reutilizar para diversos fins.
Embora escassos, existem também alguns casos em que o consumidor pode levar a embalagem usada à loja, para reenchimento. O uso de recargas é outra modalidade de reutilização, já que permite usar várias vezes uma primeira embalagem.
Reciclar
Todos os materiais plásticos são recicláveis. Em Portugal reciclam-se anualmente milhares de toneladas de materiais plásticos provenientes, principalmente de resíduos da indústria. Os materiais usados pode dar origem a novos materiais: embalagens, revestimentos de solos, fibras para acolchoados, caixas de cassetes, brinquedos, material escolar, etc. Estes são os processos mais simples e constituem a chamada “reciclagem mecânica”. No entanto, os investigadores já descobriram e continuam a trabalhar em processos que permitem transformar plásticos usados em combustíveis semelhantes aos de uso corrente ou até em matérias-primas originais – é a chamada reciclagem química.
Por outro lado a reciclagem de materiais plásticos provenientes de uso doméstico, sobretudo embalagens, está a dar os primeiros passos em Portugal, pelo que o seu desenvolvimento é urgente e permitirá quer uma redução substancial nos resíduos a eliminar, quer uma poupança de matérias-primas. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os consumidores devem separar os plásticos, evitando misturá-los com os resíduos orgânicos e seguindo as instruções fornecidas pelas Câmaras, quando estas instalam sistemas de recolha selectiva. Para facilitar a separação dos diferentes plásticos, os produtores devem incluir nos objectos um símbolo de identificação. Os plásticos recolhidos selectivamente, classificados e compactados, são depois entregues às industrias de reciclagem. Os cidadãos devem estar atentos às iniciativas das Câmaras e colaborar com elas para que a recolha selectiva tenha êxito.
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